terça-feira, 24 de março de 2015

Senti um peso em minha face,enquanto brincava de boneca.
Senti uma dor nas pernas ao subir na janela.
Senti uma dor nos dentes ao comer os fresquinhos biscoitos da minha vóvó.
Senti uma dor nas costas ao dormir,enquanto minha mamãe lia uma história para mim.
Senti um aperto no coração,pois percebi que apesar de ter na memória minha infância,a verdade é que envelheci.

"Interessante seu olhar,
Seus suaves movimentos
E até seu jeito de falar."
Disseram para mim sem nada falar.
Assim, lembrei-me que o mundo vive uma tamanha falta de amor.
Então,se eu não me amar...quem me dará valor?
Vivi um filme de cinco minutos.
A plateia era o espelho.
Me ouvia,me via,e ao fim do espetáculo bateu palmas...apesar que nada sentia.

Sou livre...
Livre para pensar
Livre para fazer
Livre para falar
Livre?
Mas que liberdade é essa a qual desconheço?
Aquela que escolho ser livre para ser preso?
Aquela que ganho para perder?
Aquela que falo para que seja falho o próprio som da minha voz?
Aquela liberdade que escolhem por mim?
Enfim...
Agora sou livre!
Livre para pensar,fazer e falar dentro de mim.
Livre por ser preso quando liberto ao mundo,e ser eu mesmo só dentro de mim.
Somente aqui.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Pensei nas minhas próprias leis.
Pensei na imperativa lei do outro homem sobre mim.
Escolhi violar a lei do outro homem sobre mim,
por causa das minhas próprias leis.
Escolhi ser eu mesmo para o meu próprio eu,
Para o meu próprio eu,escolhi ser eu mesmo.


Acharam que era tatuagem
Mas estava pintada com um
vermelho muito forte.
Em seguida...
Um barulho,uma pele ferida e um último suspiro.